28/04/2015

Como escrever uma história part 2






Minha história


No dia 21 de janeiro daquele ano foi o meu aniversário de quarenta anos, mais um dia em que eu podia chamar de meu, infelizmente somente meu.
Vi um céu cinzento e umas nuvens avermelhadas no horizonte se misturarem entre si, ventava muita muito e aquelas alegrias da infância foram esquecidas com o passar do tempo. Avistei um casal com uma criança no colo, _Parecem tão felizes, queria tanto algo pra chamar de família, o trabalho consumiu a maior parte da minha vida, esquecida para amar, hoje sinto falta de mostrar amor. Foi abaixo da ponte que atravessava, que duas criaturas totalmente sujas e desprotegidas fez meu coração doer, um olhar triste em minha direção, sabia que eram eles que eu sempre estive procurando para preencher o que chamaríamos de lar.
Pedi ajuda a alguns moradores do local e uma escada para que pudesse descer até a parte de baixo da ponte, graças ao rio que estava seco, imagino que ao caírem não foram levados. Alguns me olhavam se perguntando se esses animais seriam meus, foi a primeira vez que os vi, mas acredite, foi um sentimento tão forte, que parecia que os conhecia desde muito tempo, a gatinha parecia já ser bem velha, e o cachorro filhote aproximadamente de uns 5 meses me olhavam assustados, acho que eles não estavam esperando uma mulher sozinha como eu emocionar-se ao encontrar seres tão ausente de carinho eu, senti que precisavam de mim.

Enquanto os levava na caixa doada por uma senhora do armazém frente a ponte, reparei no olhar entre os dois um diálogo - se a minha imaginação não fosse de uma pessoa tão sonhadora, poderia jurar que eles conversavam entre sim - nossa que senhora de bom coração - engraçado foi eu gabar-me da minha própria caridade.
Ao chegar em casa coloquei a caixa no sofá e corri ate a cozinha para pegar algo para os dois comerem, logo sobre o fogão, havia uma grande panela de sopa de legumes. Nunca fui tão boa em fazer comida, e naquela manha fui despedida do recente emprego de cozinheira sendo obrigado a trazer a sopa que eles disseram estar horrível pra casa, não imagino que estivesse tão ruim assim, ao destampar a grande panela arredondada, um cheio exalou sobre a cozinha - respirei, e ainda sim não acreditava ter sido despedida por uma sopa tão ruim, um miado na porta atrás de mim fez com que eu salta-se um pulinho pra trás muito surpresa.
 _ Parece que alguém sentiu o cheiro da minha sopa e gostou, vocês querem? A gatinha se enroscou nas minhas pernas - coloquei duas porção num potinho de sobremesa e dei para eles cheirarem, como filhos, foi a segunda vez que presenciei alguém comendo minha comida saboreando com tanto gosto. Mesmo que esses "alguém" fossem apenas um gato e um cachorrinho.
De barriga cheia olhando pra mim deitados sobre um cobertor, ouvi eles dizerem dentro do meu coração. _Eu amei. Obrigado!
Logo no outro dia cedo, agasalhei eles um pouco mais e sai para a procura de um novo emprego, agora com um família grande como a minha, seria necessário uma renda urgente para nosso sustento. Minha empolgação era tamanha que trabalharia na primeira oportunidade que aparece-se.
Ao cortar a ponte, fui surpreendida por um homem vestido de vermelho como um  general autoritário de postura firme, apresentou a mim uma foto com dois animais.
_Por gentileza senhora, estamos procurando esses dois indivíduos, por acaso chegou a vê-los?
_Não senhor! Sai correndo de volta pra casa com um cartão de visitas que ele me entregou caso eu soubesse de alguma informação sem entender o que estaria acontecendo. Como poderia querer tirar de mim meus filhotes que mal haviam chegado, eu não queria acreditar, mas na foto, eram o gato e o cachorrinho que eu nem tive tempo de escolher os nomes, nesse caminho, me perguntava se teria coragem de notificar ao general.
Na porta que dava para os fundos da minha pequena casinha escutei conversando dentro da minha casa, acreditando já serem as pessoas que procuraram por eles, para minha surpresa, eram...
_Temos de fugir, eles ainda devem estar atrás da gente Chacal! Disse a gata ao cachorrinho sem perceber que eu estava na porta.
_ Eu não quero voltar pra galáxia Manô, acha melhor darmos no pé?
_Não! foi o que eu gritei dando um susto sem intenção, logo corri e os abracei. Em coisas extraordinárias como aquela não havia necessidade de questionamentos, eles já eram minha família e nada poderia me afastar.
Questionei sobre eles estarem fugindo e qual seria o motivo, mesmo sabendo que por serem de uma galáxia distante, acredito que deveria retornar ao seu habitar.
_Não queremos voltar dona, você não sabe o que é viver preso, exclamou o cachorrinho em um tom bravo cheio de medo.
Eu havia sido seguida pelo sargento de vermelho, imagino que a mesma dona que havia me doado a caixa e presenciado eu acolhe-los que contou.
Na porta da frente pude ver pela beirada da janela três homens grande vestido iguais e bravos, uma expressão forte sobre a face,  me apressei em coloca-los de volta na caixa e sair correndo pelos fundos. Um tremendo barulho de porta de madeira se quebrando foi possível ouvir enquanto atravessava a cozinha. Sai pelos fundos a procura de ajuda.
Na estreita rua onde morava foi possível ver sobre a minha casa uma enorme nave espacial estacionada, chegava ser maior que um prédio de 4 andares.
_Nos leve para a nave, com ela poderemos fugir - sabemos muito bem como ela funciona - foi o que a gata disse enquanto eu cortava o quintal me esquivando dos lençóis no varal.
Era tudo muito estranho, não entendia porque estava ajudando eles dessa maneira, e a essa altura, me senti toda envolvida na situação. Corri para dentro da nave que era vermelha como o uniforme deles. A gata me ensinou abrir a nave com um código estranho.
_Procurem eles, eles devem estar em algum lugar - foi a ordem do general enquanto mexia nos porta retratos sobre a escrivaninha, ele tentou deduzir, nas fotos estavam meu marido e meu filho já falecido em um acidente a muitos anos atrás, ele escutou um gemido de dor vindo da cozinha, um dos homens que estavam com eles havia experimento a minha sopa, parece que para eles, ela realmente estava horrível.
Já dentro da nave, fomos surpreendido por outros dois homens - infelizmente eles estavam escondidos nela.
Tive de assistir sem nada poder fazer meus animais serem aprisionados, levados de volta a galáxia deles, fui posta para fora da nave sem amenos poder me despedir.
De volta na minha pequena casa, sintia o vento frio entrar pela porta estourada fazendo meu coração acelerar, um arrepio me subiu pelos pés ate a nuca, estava sozinha novamente, vendo a cozinha toda bagunçada, me recordei ao olhar para a panela de sopa destampada aquele momento em que minha gatinha veio miando da sala em busca do cheio horrível da sopa mas que eles haviam amado.
Eu não aceitei naquele momento  ter de deixa-los sem amenos experimentar aquela terrível sopa mais uma vez. Corri com a panela de volta para nave antes que eles partissem, empurrando todas as pessoas que estavam rodando a casa em busca de saber o que estava acontecendo, abri a porta da nave com o código que ainda me recordava. Aqueles soldados vieram direto ao meu encontro enfurecidos, mas teria que entregar-lhes aquela sopa como meu humilde presente.
Enquanto todos eles a minha volta tentaram impedir escorreguei e sobre eles caiu toda a sopa de legumes, eles gritaram como se estivessem sido atingido por um ácido ou um liquido venenoso, logo desmaiaram, eu não sabia o que fazer, ao meu encontro vieram Mano e chacal, correndo, eu os abracei, e numa atitude espantosa, descido que ninguém tinha o direito de me deixar sozinha novamente, encarregamos de fazer a nave partir de volta a galáxia.
_Desculpa ter gritado com você, foi o que Chacal disse com os olhos cheio de lágrimas. _ Eu só não queria ficar preso novamente.
_Eu posso não saber o que é ficar presa numa galáxia - mas acreditem, estive presa na solidão por muito tempo, vocês foram suficiente para que eu ganhasse a alegria - me sinto livre, e amo vocês.
Hoje estou completando meus 80 anos, meu desejo é poder completar cada dia mais um ano, Não estamos sozinhos quando nos entregamos seja a quem for onde também procure uma vida feliz, e nos três -Eu, Manô e chacal, sabemos bem disso.
Fim.




Link para assistir o video no youtube.







Como escrecer uma história


24/03/2015

Coruja para tatuagem





Tirinhas na mesa digitalizadora.

Tirinhas do T.A.T.U. - Banda.




Desenhos em aquarela e lapiseira.


Alguma das artes do meu fanzine "Interferência Disfuncional - Para sempre" que ta demorando pra sair, mas saíra. ^ ^



Cartunista Renato Machado.

Um dia desses entrei em contato com o Cartunista Renato Machado, questionei sobre sua profissão, qual melhor caminho podemos tomar e as dificuldades do mercado para ser um cartunista, incrivelmente recebi um ótimo retorno e com base nisso estou trabalhando na mudança do traço ou mesmo procurando identificar-me a um traço que fuja do estilo mangá como ele mesmo que aconselhou e trabalhar em algo meu. Vou postar o retorno pois para outros pode ser algo de grande ajuda com relação a profissão de cartunista. segue:

Cartunista Renato Machado


Oi, Diego! Tudo bem?! Primeiro quero agradecer o contato, mesmo achando que não sou nenhum mestre em desenho ao ponto de poder dar dicas! Mas fico lisonjeado, rs. Bom, o caminho é desenhar! Se você quer transformar isso em profissão, em um meio de vida, é preciso desenhar. Quanto mais você desenhar, mais prática você vai ter. Hoje, existem muitas maneiras de mostrar seu trabalho...A internet está aí... E é isso aí... mandar sempre que puder seus trabalhos para as editoras... até que um dia você consegue um sim. Quanto a “avaliar seu trabalho” é muito difícil. Como disse antes, não sou nenhum mestre em desenho. Eu dei uma olhada no seu blog, achei legal. Bom, eu vou dizer uma coisa por experiência própria... para conseguir um espaço no mercado, você precisa ser original e insistente. Quando digo em ser original, é o seguinte: reparei que você tem estilo meio mangá. É legal, mas não é original, já existe muito disso por aí. O mercado procura coisas originais e quando você apresenta algo que já tá por aí, não desperta muita atenção dele, entende? Quando comecei a desenhar, eu tinha uma influência maligna do Laerte e, principalmente do Angeli. Meu desenho era muito igual, apesar de ter minhas próprias ideias. Com o tempo fui adquirindo minhas próprias soluções gráficas, estilo próprio. E vivo em constante transformação. Não me acomodo, estudo, experimento novas técnicas... Meu desenho não é uma inovação, mas é um traço meu...e isso eu consegui com o tempo... Pense em um Ziraldo, Glauco, Henfil...você não precisa ver a assinatura para saber que é um desenho deles...o traço já é a assinatura... É isso...Espero que consiga seu espaço!
Forte abraço, 
Renato Machado


Esboços dos desenhos que ando fazendo pra conseguir um traço com a minha cara.